sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Aos amigos


Hoje eu estou sentimental e não é porque é sexta e está sol. Há 28 aninhos, dona Miriam deu a luz ao terceiro filho, uma menina que eu não sei se era linda – já que ainda não era nascida – mais que alguns anos mais tarde viria a ser uma das pessoas mais especiais que já conheci.

Não me lembro ao certo em que ano ou série nos conhecemos, mas deve ter uns 20 anos mais ou menos. Ela, super popular na escola. Eu, nerd com aspirações a cool. Ao invés de bullying, ela foi fofa e me aceitou no seu seleto grupinho. O porque eu também não me lembro, são tantas coisas a puxar pela memória que seria inviável me lembrar de detalhes.



Crescemos e aparecemos juntas! Eu tava lá quando ela ganhou sua cachorrinha e ela viu quando meu primeiro amor me partiu o coração. Andamos juntas, gostamos das mesmas coisas, compartilhamos dúvidas (muitas!) e julgamentos. Eu ajudei a programar sua festa surpresa de 15 anos. Ela brigou comigo quando eu arrumei um namorado e não queria mais saber das minhas amigas.



No ano passado tivemos nossa primeira (e única!) briga. Foi antes de ela fazer sua terceira grande viagem internacional, dessa vez para um mestrado na Inglaterra. Ela precisava de apoio e eu lhe faltei e até hoje não me perdoo por isso. De parte dela, ela não queria enxergar o que lhe dizia, e ela não se perdoa por isso. Amizade sincera beira um pouco disso, é difícil de se perdoar mas incrivelmente fácil perdoar o outro.



Hoje, muitos anos se passaram e algumas relações ficaram mais claras para mim. Fê e eu não temos nada em comum! Ela, uma acadêmica inteligentíssima, busca suas verdades com uma garra que não me lembro de ter visto em alguém. Fez de sua vida o que quis e por mais que não perceba continua com as rédeas firmes na mão. Eu tenho tanto orgulho dela que chega a me assustar: é, de longe, uma das pessoas que mais torço. Fala 3 línguas, tem dois mestrados e é paga para estudar (!!). Gosta de samba e se envolver em causas humanitárias quando as julga corretas. É crítica e correta. E, para mim, o que é melhor: tem a coragem suficiente para fazer merda, voltar atrás e ainda ficar por lá para entender o que fez de errado. Dedão na ferida para não correr o risco de se auto enganar.



Eu, mãe de dois filhos, trabalhadora de 9hs as 18hs, amante de literatura e cinema ocasional. Transformei a minha vida em dedicação a minha família e tudo em volta é feito e trabalhado para isso.



Nenhuma de nós tem tempo para nada e a saudade bate feio quando o calo aperta. Mas nossa relação é tão vital que já não importa mais: o respeito às prioridades da outra, o entendimento sobre a pessoa que viramos e a vontade de fazer parte um pouquinho do mundo que tanto nos separa, faz com que ela continue sendo uma das pessoas pelas quais eu agradeço todos os dias por ter na minha vida.



A gente vai ficando velho e seletivo, é o que dizem. E sentimental pelo visto.

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Das novas relações da sociedade

Logo de manhã cedinho fui dar uma lida no meio e mensagem e me deparei com uma entrevista concedida por Miguel Reale Jr. cujo título eu não poderia deixar passar em branco "A constituição deveria instituir que todos são iguais perante o facebook".

(leia aqui: http://www.meioemensagem.com.br/home/gente/sapo_de_fora/2011/10/18/Miguel-Reale-Jr-.html)

O entrevistado dispensa apresentações e não é porque eu sou casada com um advogado. Até Ministro da justiça ele já foi! O fato de ser jurista, ter escrito uma infinidade de livros e vir de uma família super influente é mero detalhe por aqui (se é que isso pode ser um detalhe!).

Enfim, definições a parte, a entrevista foi curta e objetiva. Miguel Reale afirma estar deprimido com a decadência moral e cultural do país e usa o Rafinha Bastos e seus milhões de seguidores (maiores que o Obama, atualmente explicável, não?!) como exemplo de como nossos ídolos são medíocres.

Alguns trechos da entrevista: "As redes sociais horizontalizaram os relacionamentos, quebraram a comunicação verdadeira. As pessoas escrevem as asneiras que querem e ainda têm a sua superficialidade acolhida, compartilhada por tantos outros (...) A publicidade alimenta esse tipo de mal gosto porque leva em consideração as preferências dos consumidores, assim como os veículos de comunicação, para assegurar a sua audiência".

Por mais que eu concorde com a opinião dele, acredito que da mesma forma que as pessoas foram obrigadas a se adaptar a novas relações sociais a medida que o tempo foi passando (um exemplo clássico aqui é a oposição entre a relação das pessoas enquanto comunidades rurais e sua nova demanda de relacionamento na sociedade industrial), mais uma vez elas se veêm obrigadas a alterar sua forma de se mostrar ao mundo e, consequentemente, de serem enxergadas. Temos muita asneira sendo repassada e temos muitos imbecis sendo seguidos, não nego. Mas não se deve desistir de encontrar uma ponta de olhar crítico em cada uma dessas atitudes aparentemente vãs.

O sucesso do Rafinha Bastos (e do Marcelo Tas, que não foge a essa regra) veio na onda do stand up comedy junto com uma enxurrada de novos comediantes. Coloco no balaio Marcelo Adnet, Bruno Mazzeo e Caruso, porque não?! Todos eles tem em comum algo que considero de vital importância para as relações entre sociedade e mídia nos dias de hoje: Eles adaptaram seus meios de passar a mensagem e conseguiram penetrar no grande público. Ao chegarem lá, dão alfinetadas constantes para lembrar a todos que rir é muito bom mas que nosso problema é muito sério.

O CQC popularizou a política a seu modo e fez uma galera que nem sabia onde ficava o Congresso se atentar um pouco mais para as eleições locais. Resultado? Quantas marchas contra a corrupção foram marcadas esse ano pelo facebook??


Adnet, e sua gaiola das cabeçudas, colocou filósofos, teorias, arte e história na boca dos jovens. Não me importa se num funk, se rimado, sacaneado ou super sério. A penetração de sua mensagem tem níveis de aceitação altíssimos.


Poderia ficar aqui citando exemplos por toda a tarde, não me faltariam. Mas, por hora, quero apenas reafirmar que isso não é uma defesa ou incentivo à cultura de massa. Não apoio a publicidade, não ganho dinheiro na Globo, acho que o comentário do Rafinha Bastos foi extremamente infeliz  e nunca fui a uma peça de stand up. Mas eu, ao contrário do Miguel Reale Jr, não estou deprimida. 

Preocupada, sim, sempre! Mas tentando me adaptar para poder efetivamente fazer alguma coisa pela minha sociedade e, mais, pela a que os meus filhos vão viver.

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Estripulias caninas


Meu post de hoje vai em homenagem ao cãozinho serelepe que alegrou minha noite de ontem com sua sagacidade.
Tentaram de tudo, até confundiram o bichano com um touro e tentaram retirá-lo através de hipnose com a cor vermelha. Ele, provando que cachorro é carente mas não é burro, foi cordial e deixou o pobre achar que estava abafando: o acompanhou até o limite da linha lateral e metros antes de ultrapassá-la, voltou!

Porque não pegaram o cachorro? Melhor: quem levou o cachorro ao estádio?

Indagações de uma terça a noite vendo o botafogo tomar um sarrafo histórico e agradecendo a Deus por essa pitada de alegria canina na minha televisão!

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Já desisti de acreditar em coincidências, portanto, sou obrigada a dizer que por uma movimentação cósmica, após o show do cãozinho na televisão, voltei para Bentinho exatamente no capítulo em que ele relata o momento em que um outro bichinho o ganhou com a doçura do olhar e escapou de um bolinho envenenado. 

Eu, que não sou uma dog person, quase morri de saudades da minha preta o dia inteiro hoje...

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Mais notícias velhas




Foi neste sábado passado que tive acesso à edição nº 2238 da revista Veja na sala de esperada de um consultório. Eu não leio a Veja, tenho alguns bloqueios em relação a revistas semanais de informação, mas isso não importa. O que li, fato, me chamou a atenção e acima coloco uma print da matéria (já que não a achei online) para ficar claro a minha atração.

“A literatura está virtualmente ausente do ENEM. Para os técnicos do MEC, o gato dos quadrinhos é mais relevante culturalmente do que Graciliano Ramos ou Castro Alves”.



Fui chamada ao consultório, minha leitura estacionou. Eu, chocada, entrei falando disso: Como assim?! Porém, mais uma vez, afirmando o poder da reflexão, fui obrigada a admitir que, de sábado para cá, mudei de ideia. Não que eu tenha a capacidade de valorizar mais a arte dos quadrinhos do que a literatura (em qualquer um de seus gêneros) porque eu não tenho. Por puro gosto pessoal, nem me arriscaria a falar de Castro Alves, mas Graciliano?! É uma afronta pessoal. Mas, como a minha última palavra já diz, é pessoal. Eu gosto de Graciliano, eu não sei apreciar os quadrinhos, eu acho um absurdo um ser usado em detrimento de outro. Mas eu também vivo afirmando que deve-se ler de tudo, até bula de remédio e manual de instrução.


O jovem lê pouco e ponto final. Faz parte da forma como somos educados e isso não é um elogio nem conformismo, apenas uma gotinha de realidade. Mas forçar a barra para uma leitura obrigatória me parece muito mais prejudicial do que bater no peito cheio de orgulho para dizer que caiu Vidas Secas no ENEM.


Não há muito tempo vi uma discussão parecida onde uns professores defendiam o uso de autores mais “modernos” e acessíveis como João Paulo Cuenca ao invés dos tradicionais Machado de Assis e Aluísio Azevedo. A penetração nos jovens se mostrava maior e, o gosto da leitura, vinha automaticamente, uns defendiam. Em contrapartida, seria um estímulo à leitura fácil e não reflexiva, outros atacavam.


Na minha humilde opinião, literatura é literatura. Acredito que, muita vezes é mais importante entender Dante e o papel que ele teve à sua época do que ler A Divina Comédia que é um livro difícil e cansativo e para muito poucos. Devemos estimular, claro, mas com cuidado para não afastar. Linha tênue e quase invisível que para mim é o maior desafio dos professores de hoje.


Nada contra os quadrinhos, aliás, amo a Mafalda! Fez parte da minha infância quando comecei a me interessar por leitura e gastava minha mesada nos gibis da turma da Mônica. A forma adulta desse tipo de arte desenvolve o poder crítico, de escrever de forma objetiva e de analisar situações em poucos segundos. Combina com a geração acelerada e tem seu papel. Não sendo entendida como única, como a música não interfere nas artes plásticas, nem de longe será uma ameaça aos grandes escritores que a gente tanto ama!

Consumindo e pasmando, sigo meu caminho


Consumidora voraz de conteúdo assumida, estava no meu período diário de passagem por sites, blogs e cia quando no brainstorm9.com.br me deparo com uma matéria que me apresenta uma nova ferramenta de medição online (leia mais aqui: http://www.brainstorm9.com.br/social-media/). Como é sempre bom conhecer mais uma fui saber um pouco mais e descobri que a medição feita por ela, ao invés de rastrear marcas na web ou fazer avaliações de imagem das instituições e anunciantes por parte internautas, essa tem a capacidade de medir o quão nova é uma informação. Nossa senhora do tempo, não é que a senhora ficou mesmo relativa?



Aparentemente um dos maiores micos online que podemos cometer na ânsia por se mostrar informados em nossas extensões sociais da web é publicar ou compartilhar uma notícia velha. Corei, admito, devo ser a rainha da notícia velha já que tenho a mania de ir lendo de trás para frente (ou de posts mais novos para os mais antigos) quando gosto de uma fonte de informação. Aliás, essa já deve ser uma matéria velha e agora que sei que isso é feio, peço desculpas.



Mas já que aqui estou, e pasma, como costumo mesmo ficar quando fuço nessas inovações sem fim, preciso tentar entender que critérios são usados para julgar a temporalidade de uma notícia. Se ela já foi publicada quer dizer que é velha? Ou será que o tamanho da repercussão que determina seu nível de novidade? Vamos a exemplos: dizer agora que o Steve Jobs morreu seria, até para mim, como falar de da revolução francesa. Mas eu ainda posso analisar o que acredito que tenha sido seu legado? Eu posso ler a sua biografia que ontem foi lançada mundialmente (e parece que aqui no Rio, pelo menos, tá um fiasco! A Travessa registrou a venda de apenas 60 exemplares entre ontem e hoje de manhã...) e, ao terminá-la, em uns 15 dias, talvez, posso citá-la em meu humilde espaço sem ser repetitiva?



Pelo o que eu entendi eu não posso não. Quer dizer, poder eu posso, da mesma forma que eu posso não ter um perfil no facebook ou não ter um smartphone. Mas, dentro da nova regra social, eu seria um dinossauro com acesso a tecnologia. Entristeci, confesso, já que tempo de reflexão costuma ter uma boa importância na minha vida. Apelo à minha geração, a do meio ou a que não tem letra associada, para formar meu público leitor, assim sendo.



E, contrariando o que afirmei quando comecei esse texto, eu não sou uma consumidora ávida de informação. Sou apenas, e muito humildemente, alguém que escreve sobre impressões soltas por aí, fresquinhas como morango de feira ou velhas como bicho de pelúcia de estimação.

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Usando Machado como desculpa.


“Assim que, eu não era capaz de resolver de momento um problema filosófico ou linguístico, ao passo que ele podia somar, em três minutos quaisquer quantias (...) a natureza é simples, a arte é atrapalhada”.



Não me lembrava dessa passagem divertidíssima de Dom Casmurro! Trata-se de um diálogo entre Bentinho e Escobar em alguma parte solta da história. Temos muitas partes soltas nesse livro, conversas “nada a ver” como as longas tomadas do Tarantino sobre massagem nos pés (Pulp Fiction) ou sobre “Like a Virgen” da Madonna (Cães de Aluguel). Embora ache a história interessantíssima (superlativos aqui não são mera coincidência!) preciso confessar que gosto muito desses relances de pensamento, como se muito lhe tomasse a cabeça e não fosse possível atribuir tudo a uma única história.

De qualquer forma, nesse momento ele faz uma comparação descarada entre os números , atribuições de Escobar, e as letras e palavras, que seriam de seu domínio. Aproveita o gancho para fazer uma análise de caráter, onde, em lógica conclusão, as pessoas dos algarismos seriam simples e diretas e os amantes dos signos, pessoas complexas e atrapalhadas. Reticente que sou a pré-julgamentos, tirei alguns minutinhos do meu tempo para analisar essa situação. Mas Machado de bobo não tem nada e ele mesmo deve ter pensado muito antes de reduzir personalidade dessa forma. Sendo assim, claro, descobri que ele, mais uma vez, tinha razão.



Para dominar as palavras e os pensamentos precisamos, acima de tudo de tempo e de uma capacidade de abstração fora da média. Quem é apaixonado pela contas, resolve sua vida em poucos minutos, talvez perca um pouco mais de tempo em uma ou outra questão que lhe exija ir além, mas está tudo ali, como 2 e 2 são 4. É sempre muito consolador. Se você não chegou à resposta é porque ainda não percebeu o caminho, mas ela está ali, invariavelmente, porque ela é lógica e a natureza da lógica é a de sempre estar ali.



Ao contrário de quem procura por respostas insanas para questões cujas variáveis variam enlouquecidamente entre x, y e z, que também podem ser a, g ou m, porque não? Pode estar na consciência, no coração, na moral e na antropologia. Quando se fala de ciências humanas, tudo é sempre fluido, tudo faz sentido e deixa de fazer no minuto seguinte.



Procuro ser uma pessoa racional em relação a minha vida e tenho uma tendência a buscar o meu 4 em todas as nuances que encontro pelo caminho. Mas, indiscutivelmente, sou uma pessoa das letras, alguém que busca entender e saber e perguntar e que muda de opinião como quem troca de roupa. Chego a conclusão de que sou uma trapalhada ambulante, assim como nosso amigo afirmou através de Escobar: “A natureza é simples, a arte é atrapalhada”. Ainda bem que ambas são lindas...



Você pode me perguntar, e daí? e achar esse texto completamente sem propósito. Peço desculpas mas exerço aqui um pouco do meu egoísmo tentando descobrir um pouquinho mais sobre eu mesma. Uso Machado como desculpa: se ele pode se dar ao luxo de divagar sobre as pessoas, eu me permito uma auto análise pública. Ato falho, eu sei, mas perdoável, convenhamos..

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Thor


Existiu um tempo em que eu, uma apaixonada pelo cinema cult, renegava toda e qualquer forma de produção voltada para as massas. Listava meus filmes por seus diretores, estudava-os, questionava cada cena, discutia seus planos e carregava junto com tanta dedicação um preconceito enorme por nada que não tinha em sua alma uma marca conceitual. A gente vai ficando mais velho e começa a tentar se livrar desses sentimentos pequeninos, a bagagem já tá pesada demais e eles realmente fazem a diferença. E aí, depois de ser obrigada a consumir muito hi-5 e crepúsculo para se aproximar do filho e do irmão mais novo, já fica mais fácil achar um meio termo e procurar a beleza escondida em cada produção.



Coincidência ou não, ontem mesmo finalizei a leitura de um texto que considerava os dois pontos de vista sobre o impacto da cultura de massa sobre a sociedade. Em um trecho, que concordo com plenitude, o autor afirma: “Embora a cultura de massa use às vezes formas padronizadas, isso não lhe é exclusivo, já que ocorre igualmente na cultura erudita. Além disso, é perfeitamente possível apreciar certas formas de cultura de massa ou de cultura popular sem aceita-las totalmente. Uma vez que a cultura popular não é homogênea, não precisa ser consumida como um todo. Certas partes podem ser escolhidas seletivamente, como resultado de fatores sociais e culturais mais precisos do que os considerados pela teoria da cultura de massa. O tipo de discriminação cultural exercido pelo público em condições sociais particulares torna-se um interessante problema sociológico, cujas soluções não podem ser definidas antecipadamente mas devem ser determinadas empiricamente.” (“Cultura popular, uma introdução” de Dominic Strinati).



O que quero dizer, e precisei dessa enorme introdução para deixar claro o quanto já pensei nesse assunto na minha vida, é que hoje tenho uma capacidade muito maior (embora ainda não plena) de encontrar elementos realmente agradáveis nas mais variadas produções de entretenimento. E, na verdade, algumas delas me geram uma curiosidade e um prazer descompromissado sem igual. Amo Harry Potter, como poucas vezes amei um personagem, e os filmes de super-herói me trazem uma nostalgia gostosa demais de sentir.



(Impossibilitada de frequentar as salas de cinema como gostaria, alugo muitos filmes. Sendo assim, perdoem o efeito tardio que relatarei por aqui e sejam piedosos com a minha passagem desigual de tempo)
http://www.tatibernardi.com.br/blog/post.jsp?idPost=92




Ontem vi Thor. O primeiro que vejo depois de Homem de Ferro (1 e 2!!) da série de filmes que vai culminar nos Vingadores. Preciso, claro, fazer alguns comentários julgadores porque eu estou evoluindo mas ainda não sou nenhuma Madre Teresa: tem umas cenas na ponte do arco íris, meu deus, com efeitos coloridos absolutamente desnecessários. Temos logo no início um recorte na história que não sei nem identificar se foi um erro de edição ou mal gosto mesmo, que realmente atenta ao raciocínio do espectador (dou os créditos, foi uma observação de marido que é ainda mais exigente com detalhes do que eu!). Mas, gente, é o Thor, vai... Quem tem a minha idade entende, eu sei que não preciso de muitas palavras. É o Thor e aquele martelo sensacional imitando a Excalibur de Arthur! Diversão garantida.



Mas o que eu quero mesmo falar é sobre a guerra entre irmãos que rola no filme. Intertextualizando novamente, e não a toa, li um texto no blog da Tati Bernardes ontem que falava sobre a importância de se ter um irmão e dizia que a melhor coisa que você pode fazer por um filho é dar-lhe um. (http://www.tatibernardi.com.br/blog/post.jsp?idPost=92) Li, pensei a respeito. E mais a noite vi Thor onde o vilão é nada menos do que irmão do herói. E pensei a respeito.



Tenho dois irmãos, um mais velho e um mais novo. Tenho dois filhos e a maior de todas as motivações que nos levou a querer o segundo era exatamente o que a Tati dizia em seu blog. Mas eu preciso admitir que nada é tão redondo quanto a gente pensa quando o assunto é irmandade. A gente quer que dê certo e nos parece lógico que vá dar: mesmo sangue, mesma casa, mesma criação. Aprendemos desde pequeninos a dividir tudo, principalmente o amor de nossos pais. Deveria ser a maior lição e o maior presente que se pode dar a um filho. Mas quando mexe com sentimento, tudo fica menos redondo.



O irmão de Thor, no final de contas, era apenas seu irmão de criação. Não sei se os criadores quiseram colocar esse elemento para justificar sua canalhice mas no final fica claro (ao menos para mim) que ele não passava de uma criança tentando mostrar para seus pais que poderia ser tão bom quanto seu irmão. O sentimento vira uma obsessiva comparação e o que era para ser companheirismo e amor incondicional vira um problema de caráter.



Não vou terminar esse texto dizendo que a culpa é dos pais e de como eles conduziram a criação de cada filho porque ceder a esse clichê me ofende pessoalmente. Sendo assim, só me resta deixar à sorte ( e à genética?!) essa pesada responsabilidade. Ter irmãos é sim, um presente mas daqueles que a gente precisa abrir a cabeça para conseguir entender, tipo pano de prato! A gente ganha no Natal, não entende como alguém pode dar isso a alguém e só percebe o quanto ele é fundamental quando o escorredor tá cheio de louça e a gente precisa começar a enxugar.

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Pequenas decepções e um enorme otimismo

Tenho prova hoje e meu precioso tempo está tomado por definições sobre a cultura de massa e sua relação com a antropologia do consumo.
Volto, amanhã, prometo. mais enriquecida culturalmente.

Quem quer gerar conteúdo deve ter o mínimo de responsabilidade com o que consome, não é mesmo? Eu, caxias que sou, assim acredito.

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Preciso, antes de ir, chorar um pouco as pitangas, ou nesse caso bem específico, a minha nectarina! Eu a aguava desde cedo, toda linda e rosada. Foi amor a primeira vista que se tornou irresistível na primeira prova que o feirante me deu.
A minha, a mais bonita e cheirosa, escolhida por mim, não teve a mesma sorte da fruta do feirante: quando eu a parti, no meio da fome avassaladora das tardes de trabalho: podre!
Só me restaram as bordinhas branquinhas e o cheirinho quase de pêssego para me consolar.

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Competência & Nada


Do slogan da Globonews: nunca desliga.

Quando foi que isso virou sinônimo de competência?





Falando em competência um dos maiores questionamentos que tenho me feito ultimamente é sobre a relação que temos hoje com o trabalho. Sou só eu ou a sensação de que falta alguma coisa se instalou em cima desta parte da nossa vida?

Amo meu trabalho. De verdade. Eu já fiz de um pequeno tudo nessa vida buscando minha independência financeira, um mínimo suficiente para conseguir distinguir o que gosto realmente de fazer. Já vendi Avon, já fui operadora de telemarketing de setor de reclamações, já fui vendedora de loja. Já estagiei por R$ 70,00 por mês atendendo só permuta, já me submeti a trabalho sem receber apenas para ganhar experiência. Já trabalhei de madrugada, sábados, domingos e feriados e perdi muitos, muitos almoços. Furei com amigos, desapontei meus filhos, gastei milhões a procura do perfeito corretivo que iria disfarçar minhas olheiras.

Recentemente saí de um emprego que eu amava, onde depois de muito tempo consegui achar algum espaço, ter segurança, bater no peito e ter a certeza de que eu dominava o que eu fazia. Alguns fatos me levaram a acreditar que aquela era uma relação desigual, que eu amava mais o que eu fazia do que eles amavam me ter por perto. Descobri que eu posso perdoar milhares de horas extras não pagas mas eu não posso perdoar a falta de reconhecimento. Por lá eu mal via meus filhos e fiz muitos trabalhos que de tanta alteração foram para as ruas completamente frankstein. Mas eu aprendi uma barbaridade e em cada linha de raciocínio minha hoje, a dois bairros de distância, vejo uma garrafinha diferente na minha cabeça.



A gente vai ficando mais velho e começa a entender o que realmente espera que o trabalho nos dê em troca por tanta dedicação. É uma análise pessoal, tenho certeza de que muita gente não poderia sobreviver com a sensação de que seus projetos não saem do papel. Para mim, acho que é tudo um grande aprendizado. Quando mais ele me der, mais eu o amo e mais eu vou me doar. Alguns me dão a teoria, outros status. Hoje, aposto na relação pessoal.



Cresço um pouco mais a cada dia e a movimentação cerebral que meu trabalho me exige me mantém muito viva. Me faz criar oportunidades e buscar alternativas para conciliá-lo dentro da minha vida no tamanho que eu quero que ele tenha: nem o mais importante, nem menos vital. Apenas mais uma das mil funções que me mantém sã.



Dedicação, disciplina, competência e, claro, a certeza de que sempre poderia ficar um pouco melhor do que ficou.

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Contemplação

Para uma sexta feira com tempo duvidoso e um humor ainda sem definição decidir sobre o que escrever poderia ser um problema. Mas não é, nunca é, parece que eu vou morrer e ainda vou ter uma lista rechonchuda de temas e reflexões não feitas. Porque eu sou assim é tema para o coitado do meu analista trabalhar enquanto escuta meus disparates sábado de manhã (Fred que nada, guerreiro mesmo é quem acorda cedo no sábado para ouvir as confusões alheias, que fique claro!).



Mas, enfim, não é esse a questão.



O ponto hoje são os hábitos que a gente desenvolve e os outros que se perdem no caminho.

Quando eu era criança, muito antes de MP3, Ipods e facilitadores da vida moderna (reparem que eu pulei o CD!), me lembro bem que meu pai tinha uma mania deliciosa de chegar do trabalho e após os ritos tradicionais abrir uma latinha de cerveja e ir para a frente de um mega aparelho de som, super moderno para a época, vestir um mega headfone, daqueles que lembram os pilotos de avião, apagar as luzes e... nada! Lá ficar, por algumas horinhas, às vezes o cansaço deixava ser só alguns minutos. A ação incluía apenas contemplar um ócio invejável acompanhado de sua música favorita da vez. A relação dele com a música vinha de um tempo  embora ele nunca tivesse trabalhado com isso. Também me recordo de alguns eventos lá em casa, dele e minha mãe com casais amigos onde ele sempre era o DJ. Hoje, ele reserva para as noites de Natal em Itajubá esse pedacinho de memória da minha infância.



Acontece que esse era um hábito legal, pelo menos eu achava, e a influência que teve em mim e no meu irmão (mais até do que em mim) foi nada além de positiva. Meu irmão o tornou vital para a sua existência repetindo a mania noturna do meu pai em todo o seu inventário de horas do dia. Para mim, o que ficou não foi a música em si mas a contemplação. A luz apagada, o copo de cerveja, a liberação dos demônios que insistem em se instalar na gente durante o dia. E isso também virou vital para mim.



Meu pai, hoje, não apaga mais a luz e não tem mais um headfone de piloto de avião. Um dia vou perguntar a ele porque mas confesso que, por enquanto, prefiro deixar como está. Mas uma coisa é preciso admitir: ele nunca perdeu o hábito da contemplação. Deixou de ser noturno, acho que a idade não lhe permite mais, deixou de ser tão intimista, o headfone virou alto falante, deixou de ser diário, a vida já não tem mais o mesmo ritmo. Mas durante todo o final de semana, quando não está passando jogo do fluminense, ele fica sentado na mesma cadeira, bem na porta da varanda, com o mesmo copo de cerveja (pequenininho para não esquentar!) com o som ligado. Seus olhos variam entre a paisagem externa (que é a favela do salgueiro mas ele jura achar lindamente bucólico) e a brincadeira dos seus netos no chão da sala.



O tempo passa, os hábitos mudam. Mas, sabe de uma coisa, acho que a essência do que precisamos para viver, continua sempre a mesma.



Bom final de semana!

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Todos os mares


Chegaram os livros! Digitei imediatamente no meu fiel utensílio eliminador de ansiedade tão logo o porteiro me entregou o pacote sedex. Não eram meus mas o orgulho foi muito parecido. Tinham cheiro de novos e cada um continha uma dedicatória particular.

Me pergunto o quanto foi difícil decidir o que escrever. Aquelas palavras ficariam para sempre e cresceriam com aquelas crianças. E as destinadas aos adultos reforçariam laços e entregariam todo o sentido escondido ali. Pensei, de novo, se em mim esses exemplares causaram esse tipo de frenesi, imagino a catarse que não foi dentro dela. Eu acompanhei tudo, eu sei como e porque foi escrito e reescrito, quantas vezes entrou e saiu da gaveta e hoje, estava ali. Revisto e recheado da sensação de que muita coisa ainda podia e deveria ser alterada seja no texto seja no destino dos personagens. A gente sempre quer que a vida tenha um rumo diferente.



Meu primeiro impulso foi abrir a primeira página e começar a ler imediatamente mas obriguei a travar. Nada de impulso, nada de espontaneidade. Eu e ele teremos o nosso momento, não há de demorar.



Imagina a dificuldade em colocar um ponto final em uma história. Mandar para a gráfica, chega, acabou! É uma pequena morte, é a certeza de que nada mais ali poderá, mesmo, ser alterado. Perde-se o controle sobre algo que saiu de você. Manter uma história na gaveta, ou mesmo na sua cabeça dá um conforto danado, disso que posso falar: ela é sempre algo por vir, uma coisa maravilhosa que um dia vai criar asas e mudar tudo. Fechar uma porta com cimento e tijolo e sair por aí, totalmente sem controle.



Que medo.



Meus parabéns, minha querida amiga Maria Amorim, pela publicação do seu primeiro romance e, acima, muito acima, que você saiba do grande orgulho que tenho da sua coragem.



Bom dia e bom final de semana a todos. Assim que “Todos os mares” for lançado no brasil, darei notícias.

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Before you accuse me, take a look to yourself..

And she asks me: do i look all right? And I say yes, you look wonderful tonight…

E no clima romântico do Eric Clapton, fomos para o HSBC Arena, a casa de shows do Recreio que se fosse enquadrada na gíria popular seria onde nosso amigo Judas perdeu suas botinhas.
Palmas para a casa de show com cerveja gelada, banheiros limpinhos (e com papel) e imponência monumental no meio do nada. Seu Eric, minhas palmas foram para seus dedinhos nervosos na guitarra verde água mas confesso que economizei algumas por conta de sua total e completa falta de interação (e educação, porque não?) com o público que passava aquele perrengue no domingo a noite só para te ver.
Tem shows que são assim, por mais que o artista não faça nada além do seu papel, ainda valem cada centavo empregado. Foi desses. Som classe A, como disse meu marido. E a pizza de rúcula com parma colaborou com a sensação cândida da noite.

Mas (claro que tem um mas...) a volta, ah, a volta!
Nós, como cidadãos conscientes e fãs de boa música acompanhada de cerveja, não fomos de carro. Contribuímos para o trânsito, para o meio ambiente e para a segurança de todos já que assumidamente íamos, sim, beber. Fizemos nossa parte e gastamos alguns bons tostões no amarelinho. Mas a cidade, caros leitores, a cidade não nos devolveu a gentileza. E nem os outros cidadãos, que em uma competição infiel lutavam para quem empunhava o dedo mais longe para chamar a atenção do seu taxista. E nem o seu taxista que além de escolher corrida tinha a cara dura de nos dizer frases como “50,00 por cabeça” ou “por menos de 100,00 eu não levo”.

Você vai me dizer: é a lei da oferta e da procura! E eu certamente (e sem pudores!) vou te responder: bit me! Isso é falta de caráter. Então me pedem para não ir de carro e minha punição é correr o risco de perder meu carro em uma blitz da lei seca. Então fazem campanhas promovendo o transporte público e o uso da bicicleta e não colocam ciclovia, não impedem que o pivete me tome a minha bike e, claro, muito menos, melhoram a condição dos ônibus nem de seus condutores.

Que relação é essa de via única?

Não perdi meu humor, prova de que o show realmente valeu a pena. Se não fosse meu grande amigo tomando conta dos meus filhos que precisava ir para casa, teria sentado em um boteco e esperado pacientemente pelo fim do frenesi.

Mas isso não me impede de ficar inconformada com o tanto que nos pedem nessa vida e do tão pouco que recebemos em troca. Eu nem estou pedindo ônibus na volta, me dispus a gastar meus trocadinhos tão suados para pegar um táxi, ai de mim de ser tão petulante! Só queria organização, educação e controle. Uma sociedade sem controle, sem um norte onde a gente possa se guiar, fica destinada aos caos. Confiar na consciência de cada um, honestamente, nem eu sou tão ingênua.

Vou continuar fazendo meu papel, porque assim sou, me sinto bem com a sensação de que estou fazendo minha parte. Se tiver um novo evento, novamente irei de táxi. Porém, para não morrer de câncer, solto a bola de pêlos entalada na minha garganta neste humilde canal de expressão: Ontem, meu querido Rio de Janeiro, você me deixou um pouquinho mais cínica.

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Elefantes Brancos.

Ontem assisti a um documentário “War Photographer” do diretor Christian Frei sobre o trabalho do fotógrafo James Nachtwey. Foi anunciado: esse cara é um dos papas do fotojornalismo e já ganhou prêmios super importantes como o world press photo entre tantos outros mil que nem me atrevo a citar aqui.

 

O cara não é só um grande fotógrafo. No final da exibição a conclusão que todos chegaram é a de que ele, possivelmente é louco, louco mesmo, com deficiência de alguma faculdade mental que foi canalizada para um trabalho extraordinário.

James Nachtwey, segundo descrição do Wikipédia: “norte-americano nascido em Syracuse e criado em Massachusetts, formou-se na Dartmouth College, onde estudou História da Arte e Ciências Políticas (1966-70). Trabalhou a bordo de navios da Marinha Mercante e, enquanto aprendia a fotografar sozinho exerceu as funções de estagiário de edição de filmes documentários e motorista de caminhão. As imagens da Guerra do Vietnã tiveram um forte impacto sobre ele e foram decisivas para a descoberta de sua vocação” (saiba mais: http://pt.wikipedia.org/wiki/James_Nachtwey). Mas, o que importa mesmo sobre esse cara é saber que ele abriu mão de sua vida pessoal (não é casado nem possui filhos) para poder se dedicar ao que sabe fazer de melhor: cobrir guerras e situações de miséria extrema de uma distância quase inexistente. Frase dele: “Se a foto não ficou boa, é porque você não estava perto o suficiente”, não preciso explicar mais, certo?

Enquanto via o filme, muito mais do que suas fotos, o que me chamou a atenção foi seu sangue frio. Granadas explodiam, sprays de pimenta comiam solto, mães choravam desesperadamente a morte dos seus filhos, crianças desfilavam seus corpos cadavéricos e, claro, muitos mas muitos cadáveres se acumularam. E ele estava lá. Há centímetros, com sua camisa social para dentro da calça e seu cabelo repartido à esquerda do couro cabeludo. Todo mundo corre, todo mundo grita. Ele, fotografa.

Só aí eu entendi quando o professor fez questão de citar que ele não tinha família. Ter família, e filhos principalmente, implica em uma exposição ao medo que não nos permite ter sangue frio perante o desespero alheio. Pensamos que é com a gente mesmo e a vida dos outros passa a ser nossa. São dois caminhos que não se cruzam: o sentimento e a frieza.

Me lembra um ditado popular (será mesmo popular?): quem não tem nada, nada tem a perder. O oposto me parece lógico: quem muito tem, muito tem a perder. Isso sempre será proporcional ao medo que carregamos na bagagem.

No fim do documentário (que Dr.Google me contou que ganhou Oscar e tudo!) ele me consola: “O problema não é o medo, é como você reage a ele”. É verdade, Sr. Nachtwey. Eu com os meus, o senhor com os seus, nem menor nem maior, apenas grandes e temerosos elefantes brancos suspirando na nossa espinha.

Obs: Não é o documentário mas é uma coletânea de fotos do cara que vale a pena espiar: http://www.youtube.com/watch?v=ONp9Bvg3zKM

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Rapidinha.

Aviso aos navegantes: nunca menospreze o poder de superação das pessoas.


Pérola universitária do dia: “O jovem de hoje não tem nenhum grande questão ser resolvida: Religião? Não chega sequer a ser uma questão. Política? São todos corruptos mesmo, a vida é assim. Dinheiro? Os pais bancam faculdade, MBA, pós, mestrado... Arte? Hã???. Só me resta concluir que o único problema que eles tem na vida é o sobe e desce da tabela do brasileirão.”

Justifica?!

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"No meio do caminho tinha uma pedra... tinha uma pedra no meio do caminho"